Na margem direita da foz do rio Tejo, foi erguido no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, por determinação de D. José de Meneses, membro do Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) e governador do Forte de São Julião da Barra, destinado a reforçar a defesa da barra, coadjuvando a defesa proporcionada por aquela estrutura, à qual se subordinava.
As obras ficaram a cargo do capitão Álvaro de Souza, tendo se desenvolvido de 1644 a 1653, quando ficou guarnecido por vinte soldados, dez artilheiros e um condestável, e artilhado com cinco peças.
No alvorecer do século XVIII foi governado por D. Cristóvão Manuel, 2º conde de Vila Flor, nomeado em 1701 e falecido em 1704. Em 1728 o forte era governado pelo capitão Manuel de Brito Freire, até ao seu falecimento e, em 1730, pelo sargento-mor José da Cruz da Silva, por falecimento do antecessor. Um pouco mais tarde, em 1735, encontrava-se em bom estado de conservação, porém sua artilharia reduzia-se a duas peças de bronze do calibre 24 montadas, e mais doze, de diversos calibres, fora de serviço. Em meados do século, necessitando de reparos, as suas obras eram orçadas em 1.200 000 réis (1751). É deste período a primeira aplicação de azulejos nas dependências da Capela, por iniciativa do seu governador, Roque Martins Ribeiro (1754), que entretanto, seria severamente danificado quando do terramoto de 1755. Reparada, a Capela foi reaberta ao culto, pelo mesmo governador, em 1759.
Uma década mais tarde, efetuam-se obras de ampliação da estrutura, principiando-se a chamada Bateria Nova, externamente ao recinto fortificado. Essa bateria ainda se encontrava sem a respectiva artilharia a 18 de Agosto de 1769. Obras de reparos prosseguiam em 1793, quando a bateria foi reconstruída.
Ao se iniciar o século XIX, após a Guerra das Laranjas, o forte encontrava-se artilhado com vinte e quatro peças de diversos calibres, distribuidas doze na Bateria Nova, oito na Bateria Velha e mais quatro na Bateria Elevada (no terraço da Casa-forte). Em 1809 integrava a defesa constituída pelas Linhas de Torres. Mais tarde, à época das Guerras Liberais encontrava-se sob o governo do tenente-coronel João da Guarda Cabreira (nomeado em 9 de Novembro de 1831), estando artilhada por quatorze peças de diversos calibres (1833). Anos mais tarde, a sua artilharia elevava-se a dezessete peças em serviço (1837). Em meados do século XIX, passou por obras de reedificação (1853), sendo governador do forte o major Inácio José Perdigão e governador do Forte de São Julião da Barra o general barão da Batalha, de acordo com placa epigráfica.
Em meados do século XX, alguns terrenos pertencente ao entorno do forte foram cedidos à Junta Autónoma das Estradas (13 de Janeiro de 1940), com vistas à abertura da Av. Marginal. As dependências do forte abrigavam a Colónia Balnear Infantil da Brigada Naval da Região de Lisboa (1963). Após a Revolução dos Cravos, a edificação foi cedida formalmente aos Serviços Sociais das Forças Armadas para servir como colónia de férias (1976).
O Forte de São João das Maias, ou simplesmente Forte das Maias, localiza-se no extremo Oeste da enseada da praia de Santo Amaro, na vila de Oeiras, freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, Concelho de Oeiras, Distrito de Lisboa, em Portugal.
Características
Pequena fortificação marítima de traçado abaluartado, em estilo maneirista. Erguida em alvenaria, apresenta planta no formato pentagonal irregular, com merlões e guaritas com corpo cilindrico recobertas por cúpulas.
Sobre o portão principal em arco perfeito, em cantaria, uma lápide epigráfica encimada pelas armas reais informa Alvaro de Sousa o fez em 1644. Por ele se acede a Casa-forte com planta no formato de um trapézio, coberta por um eirado, onde se distribuem as dependências de serviço. No vestíbulo destaca-se o lambri de azulejos monocromático e, no final do corredor, na Capela, coberta por abóbada de berço, o silhar de azulejos monocromático de meados do século XVIII, representando Santa Rosália e São Roque.
As obras ficaram a cargo do capitão Álvaro de Souza, tendo se desenvolvido de 1644 a 1653, quando ficou guarnecido por vinte soldados, dez artilheiros e um condestável, e artilhado com cinco peças.
No alvorecer do século XVIII foi governado por D. Cristóvão Manuel, 2º conde de Vila Flor, nomeado em 1701 e falecido em 1704. Em 1728 o forte era governado pelo capitão Manuel de Brito Freire, até ao seu falecimento e, em 1730, pelo sargento-mor José da Cruz da Silva, por falecimento do antecessor. Um pouco mais tarde, em 1735, encontrava-se em bom estado de conservação, porém sua artilharia reduzia-se a duas peças de bronze do calibre 24 montadas, e mais doze, de diversos calibres, fora de serviço. Em meados do século, necessitando de reparos, as suas obras eram orçadas em 1.200 000 réis (1751). É deste período a primeira aplicação de azulejos nas dependências da Capela, por iniciativa do seu governador, Roque Martins Ribeiro (1754), que entretanto, seria severamente danificado quando do terramoto de 1755. Reparada, a Capela foi reaberta ao culto, pelo mesmo governador, em 1759.
Uma década mais tarde, efetuam-se obras de ampliação da estrutura, principiando-se a chamada Bateria Nova, externamente ao recinto fortificado. Essa bateria ainda se encontrava sem a respectiva artilharia a 18 de Agosto de 1769. Obras de reparos prosseguiam em 1793, quando a bateria foi reconstruída.
Ao se iniciar o século XIX, após a Guerra das Laranjas, o forte encontrava-se artilhado com vinte e quatro peças de diversos calibres, distribuidas doze na Bateria Nova, oito na Bateria Velha e mais quatro na Bateria Elevada (no terraço da Casa-forte). Em 1809 integrava a defesa constituída pelas Linhas de Torres. Mais tarde, à época das Guerras Liberais encontrava-se sob o governo do tenente-coronel João da Guarda Cabreira (nomeado em 9 de Novembro de 1831), estando artilhada por quatorze peças de diversos calibres (1833). Anos mais tarde, a sua artilharia elevava-se a dezessete peças em serviço (1837). Em meados do século XIX, passou por obras de reedificação (1853), sendo governador do forte o major Inácio José Perdigão e governador do Forte de São Julião da Barra o general barão da Batalha, de acordo com placa epigráfica.
Em meados do século XX, alguns terrenos pertencente ao entorno do forte foram cedidos à Junta Autónoma das Estradas (13 de Janeiro de 1940), com vistas à abertura da Av. Marginal. As dependências do forte abrigavam a Colónia Balnear Infantil da Brigada Naval da Região de Lisboa (1963). Após a Revolução dos Cravos, a edificação foi cedida formalmente aos Serviços Sociais das Forças Armadas para servir como colónia de férias (1976).
O Forte de São João das Maias, ou simplesmente Forte das Maias, localiza-se no extremo Oeste da enseada da praia de Santo Amaro, na vila de Oeiras, freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, Concelho de Oeiras, Distrito de Lisboa, em Portugal.
Características
Pequena fortificação marítima de traçado abaluartado, em estilo maneirista. Erguida em alvenaria, apresenta planta no formato pentagonal irregular, com merlões e guaritas com corpo cilindrico recobertas por cúpulas.
Sobre o portão principal em arco perfeito, em cantaria, uma lápide epigráfica encimada pelas armas reais informa Alvaro de Sousa o fez em 1644. Por ele se acede a Casa-forte com planta no formato de um trapézio, coberta por um eirado, onde se distribuem as dependências de serviço. No vestíbulo destaca-se o lambri de azulejos monocromático e, no final do corredor, na Capela, coberta por abóbada de berço, o silhar de azulejos monocromático de meados do século XVIII, representando Santa Rosália e São Roque.
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Coordenadas GPS
Lat : 38.6856338008414 - Lon : -9.3050434
N38° 41' 8.2816830290399 " W9° 18' 18.15624"
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Forte de São João das Maias (Oeiras)
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