Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa)

Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa)
Lisboa . Lisboa . Portugal
 
Em 1770, o marquês de Pombal adquiriu-o ficando na posse da sua família por mais de um século.

Inaugurado em 1884, com a designação de Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia, sendo o José de Figueiredo responsável pela sua organização e mais tarde nomeado seu primeiro director.

Actualmente o museu é conhecido por Museu das Janelas Verdes, pois é essa a cor das suas janelas. Em 1940 foi construído um anexo, que inclui a fachada principal. Este ocupou o lugar do Convento Carmelita de Santo Alberto, destruído pelo terramoto de 1755. A única coisa que resistiu foi a capela, agora integrada no museu.

Integrou, em 1983, a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura.

A 18 de Maio de 2006 data de inauguração, no Museu Nacional de Arte Antiga, da memorável exibição da Colecção Dr. Gustav Rau - De Fra Angelico a Bonnard. Esta exposição tornou-se na maior já recebida em Lisboa e colocou Portugal na rota das grandes exposições de arte. A colecção, é importante dizer, reúne telas de Fra Angelico, Guido Reni, Renoir, Degas, Jean-Honoré Fragonard, Hubert Robert, Alexej von Jawlensky, Camille Corot, Edouard Manet, Paul Cézanne, El Greco, Bernardino Luini, Paul Signac, Odilon Redon, Raoul Dufi, Canaletto, Frans Porbus, Max Liebermann, Camille Pissarro, Toulouse-Lautrec, Gerard Dou, Jan van Goyen, Claude Monet, François Boucher, Joshua Reynolds, Pierre Bonnard e até mesmo Thomas Gainsborough.

As colecções do Museu

O Museu contém a maior colecção de pinturas de Portugal, com destaque para as obras religiosas de artistas portugueses. A maioria das peças proveio de conventos e mosteiros depois da supressão das ordens religiosas em 1834. Possui também muitas peças de escultura, prata, porcelana e artes aplicadas, incluindo a Custódia de Belém e a Custódia da Bemposta, dando uma visão geral sobre a arte portuguesa desde a Idade Média até ao século XIX, completada com boas peças orientais e europeias. O tema dos descobrimentos está sempre presente, ilustrando as ligações de Portugal ao Brasil, África, Índia, China e Japão.

Arte Europeia

As pinturas de artistas europeus dos séculos XIV ao XIX estão dispostas cronologicamente, no rés-do-chão. Quase todas as peças foram doadas por coleccionadores privados, o que contribuiu para a sua grande diversidade. As primeiras salas, dedicadas aos séculos XIV e XV, marcam a transição entre o gosto gótico medieval e a estética do Renascimento. Os pintores mais bem representados são os alemães e flamengos do século XVI, como Hans Baldung Grien. As obras mais notáveis são o São Jerónimo de Albrecht Dürer, Salomé de Lucas Cranach, o Velho, a Virgem e o Menino, de Hans Memling, e as Tentações de Santo Antão pelo grande mestre flamengo Hieronymus Bosch. Entre o pequeno número de obras Itália esta Santo Agostinho, do pintor Piero della Francesca do Renascimento, e um gracioso painel de altar que representa a Ressurreição, de Rafael.

Nas galerias de arte europeia estão representados alguns pintores portugueses, como Josefa de Óbidos e Gregório Lopes.

Pintura e Escultura Portuguesas

Muitas das obras de arte mais antigas são de pintores portugueses influenciados pelos pormenores realistas dos artistas flamengos. Existiram sempre fortes laços comerciais entre Portugal] e a Flandres, e nos séculos XV e XVI foram vários os pintores de origem flamenga, como Frei Carlos de Évora que se instalaram em Portugal.

Contudo o lugar de honra cabe ao políptico de São Vicente de Fora, a mais importante pintura portuguesa do século XV, que se tornou no símbolo de orgulho nacional na época dos descobrimentos. Considerado em geral como sendo de Nuno Gonçalves e pintado cerca de 1467 - 1470, a obra representa a Adoração de São Vicente, padroeiro de Portugal, rodeado por dignitários, cavaleiros, monges, pescadores e mendigos. A representação precisa de figuras contemporâneas torna-o num valioso documento histórico e social.

As obras posteriores incluem um retrato do jovem D. Sebastião, de Cristóvão de Morais, e pinturas do artista neoclássico Domingos António de Sequeira.

A colecção de esculturas inclui muitas imagens de Cristo, da Virgem e de Santos, em pedra e madeira, policromas e também imagens do século XVII.

Cerâmica Portuguesa e Chinesa

A extensa colecção de cerâmica, permite acompanhar a evolução da porcelana chinesa e da faiança portuguesa, bem como ver a influência dos desenhos orientais nas peças portuguesas e vice-versa. A partir do século XVI, a cerâmica portuguesa revela marcada influência Ming, enquanto as peças chinesas ostentam motivos portugueses, como os brasões de armas. No século XVIII, os oleiros desenvolveram estilo europeu cada vez mais personalizado, com desenhos rústicos e populares. A colecção inclui peças da Itália, Países Baixos e Espanha.

Arte Oriental e Africana

A colecção de marfins e móveis com motivos europeus ilustra as influências recíprocas entre Portugal e as suas colónias. No século XVI, a predilecção pelo exótico deu lugar a uma grande procura de artigos como as trompas de marfim esculpido da África. Os fascinantes biombos Nanban mostram os portugueses a negociar no Japão. Os japoneses chamavam-lhes Naban-jin, bárbaros do sul.

Ouro, Prata e Joalharia

Entre a bela colecção de tesouros eclesiásticos encontra-se a cruz de ouro do rei D. Sancho I e a custódia de Santa Maria de Belém. Também em exibição está o relicário da Madre de Deus, do século XVI, que alegadamente contém um espinho da coroa de Cristo. Destaca-se na colecção de peças estrangeiras um sumptuoso serviço de mesa do século XVIII, de prata encomendado por D. José I. Após a destruição, aquando do terramoto que assolou Lisboa em 1 de Novembro de 1755, das pratas da casa real que anteriormente haviam sido produzidas pela oficina parisiense de Thomas Germain, D. José I, procedeu á encomenda, à mesma oficina, na altura dirigida por François-Thomas Germain, filho e sucessor de Thomas Germain, de uma baixela em prata,num total superior a 1200 peças, das quais uma selecção representativa se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga. Incluem-se 6 das 8 terrinas (4 ovais e 4 redondas, estas últimas também designadas olhas), molheiras, saleiros com representações de Índios, e os pratos cobertos (peças raras e de grande originalidade) entre muitas outras peças, todas intrincadamente decoradas. A rica colecção de jóias proveio dos conventos a que foram oferecidas quando os membros da nobreza e a burguesia rica entravam nas ordens religiosas.

Artes Aplicadas

Entre os muitos objectos expostos estão tapetes, móveis, têxteis, paramentos litúrgicos e mitras de bispos. Da colecção de móveis fazem parte muitos exemplares, bem como objectos barrocos e neoclássicos dos reinados de D. João V, D. José I e D. Maria I.

A parte dos têxteis mostra cobertas de cama do século XVII, tapeçarias, muitas delas flamengas, como o Baptismo de Cristo do século XVI, tapetes bordados e de Arraiolos

O Museu Nacional de Arte Antiga, está localizado na Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, Portugal.O museu está instalado num palácio do século XVII construído para os condes de Alvor. Este edifício é também chamado de Palácio de Alvor-Pombal.

As colecções aqui reunidas começaram por ser muito vastas, desde a arqueologia à arte moderna. Nas décadas seguintes, porém, algumas importantes colecções foram desafectadas e transferidas dando origem a outros museus: as de arqueologia para o Museu de Etnologia (actual Museu Nacional de Arqueologia), criado em 1893. Com o advento da primeira República, o Museu deixa de depender da Academia e com a retirada das colecções de arte moderna, em 1911, instaladas de novo em S. Francisco, no então criado Museu Nacional de Arte Contemporânea (actual Museu do Chiado), assume, na sua estrutura museológica, a identidade que mantém até aos nossos dias.

Horário do Museu
3ª feira: 14h00-18h00
4ª feira a Domingo: 10h00-18h00
Encerrado à 2ª feira


Como chegar ao MNAA
O Museu encontra-se servido, nas proximidades, por numerosas linhas de autocarros e eléctricos:

autocarros: 727, 713, 60 (paragem na Rua das Janelas Verdes)
1, 2, 28, 201, 714, 732 (paragem na Av. 24 de Julho)

eléctricos: 15, 18 (paragem na Av. 24 de Julho)
25 (paragem no Largo de Santos)

A partir do Aeroporto
44, 83 ou 745 do Aeroporto a Marquês de Pombal. Transbordo para 727 até à Rua das Janelas Verdes.

A partir do Gare do Oriente
28 desde a Estação do Oriente até à Avenida 24 de Julho.

A partir da Estação de Santa Apolónia
28 desde a Estação de Santa Apolónia até à Avenida 24 de Julho

A partir da Estação de Sul e Sueste
Melhor alternativa: 25 desde a Rua da Alfândega até Santos ou 28 desde o Sul e Sueste até Avenida de 24 de Julho.
Outras alternativas: na Praça do Comércio o 15 até à Avenida 24 de Julho (o 25 também pára na Praça do Comércio). Na Rua do Comércio, o 60 até à Rua das Janelas Verdes.

A partir da Central de Camionagem
Central de Sete Rios: Comboio de Sete Rios a Alcântara. Transbordo para 60, 713 ou 727 até à Rua das Janelas Verdes. Ou 758 de Sete Rios a Amoreiras. Transbordo para 713 até Rua das Janelas Verdes. Ou 758 de Sete Rios a Largo do Rato. Transbordo (não na mesma paragem) para 727 até Rua das Janelas Verdes.

Central da Praça de Espanha:
56 da Praça de Espanha a Alcântara. Transbordo (não na mesma paragem) para 60, 713 ou 727 até Rua das Janelas Verdes. Ou 746 da Praça de Espanha para Marquês de Pombal. Transbordo para 727 até Rua das Janelas Verdes.


Onde estacionar ?
Existe um parque de estacionamento gratuito no largo fronteiro à entrada principal. No entanto, se não encontrar aí um lugar vago aconselha-se, sobretudo os autocarros que façam o transporte de grupos, a procurar um local alternativo nas proximidades para aguardar pelo regresso do grupo, nomeadamente, a zona da beira-rio fronteira ao museu para onde poderão aceder através do viaduto ao fundo da Avenida Infante Santo.
A cerca de 400m existe o Parque do Largo Vitorino Damásio.
Restaurante
Com jardim e esplanada sobre o rio.
4ª feira a Domingo, das 10.00 às 18.00h
Partilhado por: Cristina Novais Ainda Sem comentários
Visualizações: 6412
Partilhe os locais de interesse a serem visitados, locais que visitou nas suas férias, ou locais na sua terra que pretenda promover.
 
Coordenadas GPS
Lat : 38.705093300000016   -   Lon : -9.16121618465576
N38° 42' 18.335880000058 "       W9° 9' 40.378264760736"
 
 
 
Comentários
Ainda não tem comentários para
Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa)
Se conhece Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa) Deixe o seu comentario

  OBRIGADO