O local possui um relevo agreste, com uma cornija calcária com cerca de 50 m de altura, cujo planalto atinge aproximadamente 2 km de comprimento. A altitude máxima do mesmo é de 479 m.

Ao longo dos anos, a acção da água na rocha calcária provocou fendas e deu origem a grutas, algumas das quais com grandes dimensões.

A flora é rica e variada. Julga-se que existem mais de 390 espécies de plantas, sendo algumas delas endémicas, medicinais ou aromáticas. Destacam-se a Rosa Albardeira (Paeonia broteroi), pela sua beleza, a Bellevalia hackelii, o Allium pruinatum, endémicos, a Milfurada (Hypericum perfuratum), o Alecrim (Rosmarinus officinalis), bem como muitas espécies de orquídeas selvagens.

Relativamente à fauna, salienta-se a presença de aves de rapina, nomeadamente, a águia de Bonelli e a águia de asa redonda. Existem também muitas outras espécies como o abelharuco, que escava o seu ninho nos taludes dos terrenos, o pica-pau-malhado-grande, e os chapins, entre outros. Existem, ainda, pequenos mamíferos como a gineta, o saca-rabos, os coelhos e os ouriços e mamíferos de maiores dimensões como os javalis.

O Sítio Classificado da Rocha da Pena localiza-se nas freguesias de Salir e Benafim e estende-se por uma área de 637 ha.

Este Sítio Classificado possui algum património construído, de grande interesse, como sejam os dois amuralhamentos de pedra, existentes no topo da Rocha da Pena, que se julga remontarem à Idade do Ferro e que terão sido utilizados outrora como estratégia de defesa. No topo da Rocha da Pena, existe ainda uma gruta que é conhecida como o Algar dos Mouros, pois foi aí que estes se refugiaram aquando da reconquista de Salir por D. Paio Peres Correia.

Na aldeia da Penina existe um portal em arcada e uma chaminé datada de 1827. Ligados à utilização agrícola, podem observar-se ainda dois moinhos de vento, conhecidos como os moinhos da Pena.

Numa outra vertente e devido à sua geologia, este Sítio é muito procurado para a prática do desporto de escalada. Neste sentido, têm sido efectuadas reuniões com diversas entidades, com vista a ordenar esta actividade. Para além disso, prevê-se a instalação de um Centro de Interpretação que permita prestar informações aos inúmeros visitantes e apoiar as diversas actividades a realizar. Ao longo do percurso irão surgir zonas de lazer e de descanso ao longo do percurso, necessário complemento das condições de acolhimento e atracção que hão-de caracterizar os próprios Sítios.

Fonte: www.cm-loule.pt