Originalmente construído, em 1599, como Colégio de São Tiago Maior da Companhia de Jesus (expulsa em 1759), foi comprado em hasta pública, em 1843, pelo Dr. Lázaro Doglioni[1] e, depois de remodelado, inaugurado a 4 de Abril de 1845 (associando-se ao aniversário da Rainha D. Maria II). Herdado pelo sobrinho de Doglioni, o Dr. Justino Cúmano, sofreu ampliações por volta de 1860. Em 1898 funcionou nele o primeiro animatógrafo em Faro. No inicio do séc. XX sofreu ainda outras importantes remodelações.
Foi-lhe dado o nome de Lethes (rio do esquecimento) como símbolo do apaziguamento desejado após a Guerra Civil que correspondeu às Lutas Liberais (1828-1834). A inscrição latina na fachada do edifício, ´´MONET OBLECTANDO´´, poderá ser traduzida por ´´instrui, distraíndo´´, salientando assim as preocupações culturais do promotor da construção desta sala de espectáculos.

O Teatro Lethes é um edifício notável, situado em Faro, cuja principal valência é a sua sala de espectáculos teatrais e musicais, construída ao gosto neoclássico, quase sendo um mini-Scala de Milão ou mini-S. Carlos de Lisboa.

Sucessivamente sujeito a obras de recuperação, o Teatro Lethes, sendo actualmente propriedade da Cruz Vermelha Portuguesa, é gerido, na sua vertente de sala de espectáculos, pela Câmara Municipal de Faro, constituindo, com o Teatro das Figuras, a super-estrutura Teatro Municipal de Faro.